Amigos leitores do BLOG DO CEBI PE, tenho a alegria de me dirigir a vocês neste momento tão difícil, onde todos, dos quatro cantos do mundo sofrem, pela crise Civilizatória e climática, entre outras, mas que nos incita a vivermos e querermos sobreviver, apesar de tudo.
É sabido que cada ano, nesta época quaresmal, que prepara para Páscoa, temos um tempo forte de reflexão profunda sobre questões que desrespeitam a Vida, a Humanidade, a Natureza com tudo que implica para que não se possa ser feliz e se construa o bem para todos. O que assistimos a cada tempo é o crescimento da desigualdade social, falta de ética, a exclusão trazendo todo tipo de violência e malefício para as minorias periféricas, principalmente. Tempo forte conhecido como Campanha da Fraternidade levada a efeito pelos cristãos da Igreja Católica há 6 décadas, com tema e lema próprios segundo o contexto em que se vive. Este ano de 2024, o tema é: Fraternidade e Amizade Social, conteúdo nobre da Fratelli Tutti, uma das últimas encíclicas do nosso amado Papa Francisco. E o Lema, “Vós sois todos irmãos e irmãs.” ( Mt 23.8). Imaginem termos que trabalhar, lembrar o que parece óbvio, e que nos entendamos e aceitemos a verdade e a importância de sermos Irmãos, assim como urgente se faz trabalhar a sinodalidade. E tudo isso, porque urge uma atitude comum de responsabilidade coletiva que possa fazer fluir uma fraternidade e amizade social, perante os males que ameaçam a paz. Afinal é uma grande campanha de Evangelização, que deseja não se encerrar com a celebração da Páscoa, mas se prolongar a partir do que pode ter sido interpelação e sensibilidade para ação.
É a Fé em Jesus Cristo, no movimento que Ele deixou com o nome de Igrejas, seguidores que abraçaram seu projeto Reino de Vida e Liberdade, de Amor e Paz, fruto da justiça, que nos interpela, nos impulsiona e nos mobiliza a entrar em comunhão e, tendo consciência dos males que pesam sobre toda a família humana, tomar atitude, não ficar na indiferença, na insensibilidade e na mediocridade.
O convite a todos que creem, e que sentem que precisam ser protagonistas nesse mundo, marcado por tantas formas de pecado, ligados à busca do prazer, do dinheiro e do poder, é para compreender o Amor, diferente do rumo que esse conceito tomou. Ver o amor como sentimento que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço, nos interpela a sermos solidários e vivermos em comunhão. E que para isso saibamos que será fruto do sentimento de humildade e aceitação do outro, como ele é, e da alegria do encontro com DEUS e seu Filho amado, enviado para nos humanizar à sua semelhança.